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quarta-feira, junho 23, 2004
O MAPA - M�RIO QUINTANA
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(E nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
H� tanta esquina esquisita,
Tanta nuan�a de paredes,
H� tanta mo�a bonita
Nas ruas que n�o andei
(E h� uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invis�vel, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pare�a mais um olhar,
Suave mist�rio amoroso,
Cidade de meu andar,
(Deste j� t�o longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Herenvarno proferiu às 00:48