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Crise no cinema pornô americano
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terça-feira, maio 11, 2004
Há uma séria crise em curso no cinema americano, mas ela se desenvolve longe dos cenários dourados de Hollywood. Seu epicentro é em San Fernando Valley, o reduto californiano das produtoras de filmes pornográficos, aqueles que poucos cinemas exibem e que costumam chegar ao público por meio de vídeos e DVDs. A confusão começou há duas semanas, quando Darren James, ator americano especializado no gênero, descobriu ser portador do vírus da aids. A notícia teve o efeito de uma bomba porque a indústria pornô americana carrega a bandeira da responsabilidade no quesito saúde – os atores e atrizes se obrigam a fazer teste de HIV pelo menos uma vez por mês e ninguém, digamos, entra em cena sem exibir ao parceiro o resultado negativo de seu teste mais recente.
Para piorar as coisas, duas das atrizes com quem James contracenou, a canadense Lara Roxx e a checa Jessica Dee, também se descobriram portadoras do HIV. Suspeita-se que James tenha contraído o vírus no Brasil, onde ele esteve há dois meses rodando cenas para uma nova produção. É comum as produtoras americanas filmarem em países latino-americanos ou asiáticos, para aproveitar a mão-de-obra mais barata e o exotismo das mulheres locais. Assim como nos Estados Unidos, os atores raramente usam preservativos por motivos comerciais: caso usem, as fitas fazem menos sucesso. Há duas semanas, os donos das produtoras, diretores e estrelas pornôs, como Brooke Hunter e Nina Hartley, se reuniram com alarde no estúdio Hustler, na Califórnia, para discutir novas medidas de segurança nas filmagens. Ficou definido que todos os atores e atrizes terão de ficar pelo menos duas semanas em observação após realizar trabalhos no exterior. O intervalo entre os testes de HIV será reduzido para quinze dias e decidiu-se criar um fundo de assistência para os atingidos pela aids. A médica americana Sharon Mitchell, ex-estrela pornô, é a maior entusiasta dessa campanha. Ela dirige uma organização que cuida da saúde dos "artistas" que se dedicam ao gênero nos Estados Unidos, a Adult Industry Medical Health Care Foundation, e divulgou uma lista com o nome de dezenas de atores e atrizes que deixarão de trabalhar no próximo mês em protesto contra a falta de segurança durante as filmagens. Sharon está afastada do showbiz há apenas três anos, mas garante que já conquistou respeito no meio médico. "Hoje dirijo uma clínica e ninguém me conhece como ex-atriz pornô", garante ela. O cinema pornográfico nos Estados Unidos movimenta entre 7 e 11 bilhões de dólares por ano. Para efeito de comparação, o faturamento anual de Hollywood é de 35 bilhões de dólares. O cachê de um ator ou atriz iniciante gira em torno de 300 dólares por dia de filmagem, enquanto uma grande estrela fatura até 5.000 dólares pelo mesmo período. Detalhe: a maioria dos filmes é rodada em apenas um dia afinal, as cenas principais costumam ser sempre muito parecidas... |