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domingo, abril 30, 2006
Tentei segurar um punhado de areia nas mãos, e ele fugiu facil e impiedosamente por entre os dedos.
Ao abrir a mão, estava vazia. Apenas estava lá a marca dos grãos finos e delicados que eu guardava com tanto zelo.
Não tenho mais nada, nem a areia, que eu tanto cuidava.
A água já não tira mais minha sede, assim como a comida não sacia minha fome. Nem sequer um gasalho consegue me dar calor. Só a areia podia me satisfazer.
Agora apenas a vontade da morte e a doce inexistência inebriam meu desejo.
Herenvarno proferiu às 00:17