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domingo, maio 15, 2005
QUANDO TE AFASTAS (Eduardo Luís)Quando nos afastamos
Cada um vai pra seu canto.
Pela última vez no dia nos olhamos
E nos despedimos num abano brando.
Começo a sentir angústia.
Começo a sofrer.
Começo a chorar.
Começo a imaginar a dor que vou ter.
Mas não é a minha angústia que sinto,
Quando nos separamos.
Se digo que essa angústia não é tua eu minto,
Pois com a minha já me acostumei.
Nem mesmo é meu sofrimento que sofro.
O sofrimento que tenho é o teu sofrimento!
Pois com meu sofrimento já convivo.
Já me acostumei.
Quando começo a chorar
São as tuas lágrimas que caem dos meus olhos.
Nem sinto mais meu choro rolar.
Com ele já me acostumei.
Tampouco é a minha dor que meu coração sente.
Ele começa a palpitar, triste, mas não é por mim.
O que mais me dói é a dor que tu sentes.
Pois também com minha dor me acostumei.
Tudo isso que sinto,
Suporto e calo.
Olho pro céu escuro e nublado
Quieto, sozinho no quarto.
No entanto, no dia seguinte,
Ou na próxima semana, tanto faz.
Quando voltamos a nos ver ou mesmo apenas
Num breve diálogo, volta novamente meu egoísmo.
Será minha toda toda a aleria.
Cantarei a minha canção.
Será meu o riso que darei.
E te abraçarei com meu coração.
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Ai, ai....
Em tempos de miséria, sofrimento, capitalismo, "Bushismo", fanatismo pelo pseudo-sagrado/divino, ignorância, burrice e estupidez humana, acho que é sempre tempo pra descarregar coisas boas no mundo como essa composição.
A modéstia é uma humildade hipócrita pela qual se pede perdão pela virtude que se tem e os outros não. Sendo assim, não sou modesto e assumo: é um poema muito bom (pelo menos pra mim) e me superei ao fazê-lo. Me inpirei apenas lembrando no valor de uma real amizade e refletindo pelas que tenho agora. Posso concluir que sou uma pessoa premiada por ter como amigos as pessoas que tenho. Todas. Desde os que já me relaciono desde os dois anos de idade aos que estou conhecendo agora. Todos são valiosos e dou minha vida pra continuar com meus verdadeiros amigos. Não cito nomes, mas eles sabem quem são, apenas pelo sorriso que ganho quando vejo uma pessoa que realmente considero, mais ainda que muitos dos meus parentes.